A Caraduá é uma produtora de ideias focada na realização e difusão do audiovisual no Brasil. Buscando propostas que reúnam aspectos tecnológicos e artesanais, tem como uma de suas preocupações a crença de que é possível pensar no espaço urbano como parte do meio ambiente, trabalhando para que haja consciência em todas suas ações – sem perder o foco do mercado e da modernidade.
O nome Caraduá, uma aglutinação de cará-do-ar, faz referência a um tubérculo que cresce fora da terra, conhecido também como batata-voadora. Imagem que ajudou a construir o conceito e a imagem da empresa, que tem como objetivo fazer crescer ideias e quebrar certos paradigmas.
Atualmente tem como sócias as profissionais:
Hadija Chalupe
Produtora Executiva
Diretora de produção
Jamile Chalupe
Figurinista
História
Em 2012 a empresa iniciou seus projetos com o curta-metragem documentário “Retângulos Brancos”, ao abordar a experiência do espectador em sessões de cinema inclusivas – projeções realizadas em lugares de difícil acesso ao circuito exibidor comercial ou que tenham como objetivo a inclusão social. O filme foi realizado com recursos do edital do Ministério da Cultura de apoio à produção de curtas metragens 01/2010.
Ainda em 2012 a empresa foi produtora associada da empresa Jurubeba Produções na realização da Mostra audiovisual “Os múltiplos lugares de Roberto Farias”, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil e na Cinemateca Brasileira, com a exibição da obra de Roberto Farias e a realização de debates e de um livro catálogo sobre a importância dele para o audiovisual brasileiro. A parceria e a Mostra deram tão certo que em agosto de 2019 o SESC Rio contratou as empresas para realizarem uma Mostra em homenagem ao diretor em sua cidade natal (Lumiar/Friburgo) durante o Festival SESC de inverno.
Em 2013, deu início a alguns programas de formação, produzindo um curso sobre Fundo Setorial do Audiovisual com a professora Raquel Leiko.
As filmagens do curta-metragem ficcional “Sentido”, foram concluídas em janeiro de 2014 (obra lançada em 2017 na Mostra Mosca de Cambuquira). O filme conta a história de uma jovem que perde a visão e precisa vencer algumas questões decorrentes de sua nova condição. No mesmo ano a empresa iniciou a pré-produção de mais dois curtas-metragens, ambos contemplados por editais da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura de 2013. A produção infanto-juvenil “Drakkar”, que acompanhamos as aventuras de um menino que descobre a importância de sermos fiéis ao que somos, contemplado pelo edital Curta-Criança e “Ou isso ou aquilo”, uma comédia que tem por objetivo abordar a importância da promoção de políticas afirmativas por parte dos governos, foi selecionado pelo edital Carmen Santos de Cinema de Mulheres.
A partir de 2015, além da finalização e difusão de “Ou isso ou aquilo” e “Drakkar”, a empresa produziu o documentário “Arquitetura e o Ballet da Rua”, financiado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro e Universidade Federal Fluminense, curta-metragem lançado através de um circuito de palestras sobre arquitetura e mobilidade urbana em diversas cidades brasileiras.
Durante os anos de 2018 e 2019, foram gravadas, com recursos obtidos através do Edital Universal do CNPq, entrevistas com diretoras de fotografia brasileiras. O resultado foi o longa-metragem documental “À luz delas”, que estreou no final de novembro de 2019 no Cabíria Festival – Mulheres & Audiovisual.
A empresa foi contemplada pelo 1º Edital de Fomento ao audiovisual na modalidade Cineclubes com o projeto Quase Catálogo. Sob a curadoria de Nina Tedesco e Erica Sarmet foram realizadas dez sessões (entrada franca) seguidas de debates, com a exibição de 23 produções entre curtas, médias e longas-metragens, dirigidos por mulheres, entre os meses de maio de 2019 a janeiro de 2020. A partir da parceria fundamental estabelecida com o Cine Arte UFF e o Museu de Arte Moderna (MAC-Niterói) e o apoio financeiro da Secretaria de Cultura de Niterói o Cineclube completou seu 4º ano de atividades conseguindo atingir um público anual aproximado de 600 pessoas, média de 60 pessoas por sessão.
Durante os últimos dois anos iniciamos o desenvolvimento dos projetos de série documental “Futebol, torcida e purpurina” e “Cartas aos discordantes” e da séries ficcional em coprodução “Abutres” de Marcel Vieira (João Pessoa), além de atuar na consultoria de produção executiva no longa-metragem “Furia” (João Pessoa), contemplado pelo edital de arranjos regionais do FSA/2017.
Em abril de 2020 a produtora foi contemplada pelo 2º Edital de Fomento ao audiovisual na modalidade Cineclubes dando a possibilidade do projeto Quase Catálogo continuar suas atividades a partir do 2º semestre de 2020. O cineclube, fundado em 2016, busca fomentar a difusão e o debate de filmes feitos por mulheres, busca combater o machismo no audiovisual desde uma perspectiva interseccional; visibilizar o trabalho de mulheres na direção e outras áreas; estimular a formação de público promover e estimular o cinema brasileiro, facilitando o acesso a filmes antigos e fortalecendo a carreira de novas diretoras; debater linguagens e estilísticas cinematográficas, o mercado e a relação entre mulher e sociedade, sempre considerando as intersecções entre gênero, raça, sexualidade, classe e outros marcadores. Para este edital, a proposta curatorial abrange 10 sessões regulares no MAC e 4 sessões infantis na Escola Municipal Vila Costa Monteiro, em Ititioca.